Se fosse possível estabelecer uma porcentagem
entra as coisas úteis e inúteis que vejo nas redes sociais diria que são 50%
pra cada lado. Como usuária assídua dessas mídias devo dizer que há muita coisa
bacana nelas, tipo a comunicação com os amigos, algumas besteiras engraçadas
que me fazem rir muito, a atualização rápida de informações e a exposição de
idéias relevantes. Pena que tais idéias relevantes sejam superadas a cada
segundo pelo jorro de coisas fúteis que são compartilhadas por aí, e aproveitando
a deixa substituo a palavra “bacana” por “babaca” sem peso na consciência.
Claro que nem tudo que exponho nesse “ambiente” é
informação valorosa, mas apesar de tudo tento pensar duas vezes no que vou
publicar e isso inclui não só o que quero expor, mas também o que as pessoas
querem vê, porque sim eu penso nelas.
Freqüentar lugares como Orkut,Twitter e Facebook é
exibir--se diariamente e junto com essa exposição toda vem muita coisa
desnecessária. Claro que me interessa saber o que meus amigos pensam, gostam,
estão fazendo e blá, blá, blá... Mas como tudo na vida há um limite e saber
coisas como: “Estou abastecendo minha moto agora” não me interessam, a não ser
que nesse posto tenha a gasolina mais barata da cidade! E na onda do besterol
não me assustaria ler qualquer dia desses algo do tipo: “Estou no banheiro
defecando”. Nessas horas não sei quem é mais tolo, eu por ler esse tipo de
coisa ou quem apertar o botão “publicar”, juro que nessas ocasiões passo bem
próxima da opção “desfazer amizade” ou no mínimo do “ Cancelar assinatura de
atualizações de status”.
Pergunto-me como certas pessoas não têm noção das
asneiras que falam e de como isso afetam sua imagem, por que o pensaria eu de
uma pessoa que num dia coloca: “Meu amor te amo pra sempre” e no outro “Agora
eu quero mais é curtir, namorar pra que?” no mínimo que definitivamente tal pessoa
não deve ser levada a sério, assim como aquelas que expressam excessiva
carência, ou ainda as que tendem a soltar indiretas bem diretas a outros.
Convenhamos, cada um faz da vida o quer e eu
respeito isso o que não quer dizer que aceite ou que seja obrigada a ficar
“compartilhado” de tais situações, pra isso a maneiras de evitar eu sei, mas o
que de fato me incomoda mesmo não é apenas o feito de vê ou não, é saber que
tais coisas continuaram a existir que seguiremos dando atenção ao que não interessa
e fazendo “vistas grossas” ao que de fato é relevante, necessário, importante.
Acredito no poder e influencia das redes sociais,
sei que se de fato quisermos podemos fazer uma revolução virtual, a geração que
domina essas mídias é nova, cheia de vitalidade e seria utopia desejar que
fosse sábia também? Que compartilhassem amor e solidariedade ao próximo? Que
publicassem a palavra de Deus? Que fizessem “correntes” do bem? Que tuitassem
idéias que mudassem o mundo? Que nossos “status” fossem de felicidade mutua?
Mesmo que muito me ponha contra ainda continuo a
acreditar no ser humano e na sua eventual transformação, por que se até as
redes sociais mudam por que quem as domina não?!
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