Colocando a boca no trombone!

‘Ele’ bem que merecia ter escutado poucas e boas, uns desaforos bem enérgicos pra ter noção do que causou, sei que não adiantaria muito mas pelo menos seria um desabafo!

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Falar as coisas sem pensar, no impulso da raiva lava a alma, mas e depois como suporta o vazio que fica?

Às vezes o melhor é o silencio, mas silenciar não é só ausência de falas, mais também refleti sobre elas, é dizer a coisa certa na hora certa, é saber calar o outro sem dar-lhe espaço para revidar, é saber atingir o alvo não com grosserias mais com sabedoria. É fazê-lo calar, ouvir somente a voz da consciência que faz uma busca atualizada dos últimos acontecimentos e os traz a tona, recordando cada ato e lançando perguntas que de tão intimidadoras o fazem duvidar do que antes era uma certeza.

Esses momentos chegam quando menos se imagina e apesar de inesperados trazem junto à força de que tanto se precisa. Hoje meu momento chegou, uma vez que calei quando deveria sinto que é chegada à hora de falar, de dizer como me sinto de colocar as verdades na pista, de mexer nas feridas, ambos os lados precisam disso: falar e ouvir.

E assim foi, disse exatamente tudo o que tinha pra dizer na medida exata, nem demais nem de menos, sem ofensas, sem xingamentos... E no fim foi melhor do que imaginei. Senti o alivio de tirar 1.000 toneladas das costas, senti-me limpa, com a alma leve, preparada pra seguir em frente, sem magoas sem ressentimentos, pronta pra recomeçar mais uma vez.

É a culminância de vários momentos que vão desde o medo à coragem, da raiva ao perdão. É o momento que você aceita os fatos, que aprendi com eles e senti que precisa ir adiante a fim de transmiti-los ao mundo, ao seu mundo.

O que passou, passou. O passado é essencial para construir o futuro não pra ficarmos preso a ele, mais pra fazer diferente, melhor...

E hoje mais do que nunca eu quero o melhor, quero paz, quero alegria e mesmo que a tristeza venha é de passagem ela é visita, fica uns dias e se vai, ela sabe que meu coração é uma casa ocupada por uma espaçosa que se chama felicidade.

Menina dos olhos de Deus