sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um dia agente aprende...


Alguma vez na vida você já agiu por impulso? Uma força estranha já lhe invadiu a alma e te fez sair do lugar, provocando-lhe a fazer algo que em outra ocasião não terias coragem?Você já fez algo em um minuto por acreditar que se não o fizesse ele não voltaria mais?Como se aquele fosse o minuto final e decisivo de sua vida?

Se você respondeu “SIM” as todas as questões PARABÉNS!Assim como eu você é temperamental, ansioso, impulsivo, imoderado, impaciente, impetuoso, im.... Não sou sempre assim mais há situações em que sou tão momentânea quanto estes adjetivos, e quando isso acontece não tem jeito “ou dá ou desce!”, é como se o planeta estivesse preste a acabar e eu precisasse fazer algo urgente para salva-lo, aqui o planeta tem nome chamasse vida, no caso em especial a minha vida.

Posso até me arrepender, isso será uma conseqüência mais que naquele momento não é minha maior preocupação, só o que me interessa é fazer, o depois não importa. Não estou preocupada com a reação das pessoas, no que elas vão dizer ou fazer, mais naquele momento precisam saber que é aquilo que sinto e penso, mesmo que no dia seguinte isso não vala mais.

Isso é bom afinal são nesses momentos que nos sentimos corajosos, portadores de uma força nunca vista antes, perdemos a vergonha, a timidez vai pro espaço, a ousadia impera e o que não éramos antes capazes de fazer simplesmente acontece. Bom não?
Não se o depois não viesse carregado de culpa, remorso, ressentimento e porque não dizer arrependimento, quando isso acontece acordo ressacada, com a sensação que foi tudo um sonho, fruto de minha imaginação, pergunto-me “Isso aconteceu de fato?” e nos casos mais extremos sinto como se uma outra pessoa possui-se meu ser e o dominasse por completo fazendo o que melhor lhe convém.

O que me deixa mal não é o “porque” fiz, a razão o motivo, mais sim “pra que fiz” a causa, o fato. É difícil dominar os sentimentos, em alguns casos se torna uma missão impossível, apesar de fazerem parte de nós é como se tivessem vida própria e no fim sempre acabam falando mais alto. A emoção rouba a cena e deixa pra razão a responsabilidade de manter os ânimos calmos e resolver tudo numa boa.

Quando esses tornados passam sempre deixam decretado um sinal de alerta e de emergência para os estragos deixados, toda vez é assim eu fecho os olhos e deixo-me levar por tal redemoinho, nunca faço nada para precaver-me, proteger-me, poupar-me e mesmo que fizesse será que adiantaria?

Se tais sentimentos são corriqueiros e incertos porque explicitá-los? Porque me expor ao ridículo de algo que nem eu mesmo tenho certeza? Porque toda vez passar pelo mesmo processo de bem estar momentâneo e o mal estar seguinte? Porque a felicidade descontrolada do agora e o vazio gritante do depois?

Sei que deveria ser mais forte, sei que deveria ter esgotado minhas forças e lutado mais, sei que deveria ter evitando, sei que não deveria ter feito, tudo sei nada faço! O mais engraçado de tudo isso é que as coisas acontecem a fim de me mostrar que sou limitada, que nem sempre quando penso estar segura de mim é o que de fato acontecesse, percebo que sou imperfeita, falha e quanto mais acredito está dominando mais sou dominada. Noto que simplesmente conter os fatos longe da realidade não é suficiente, pois é nela que tudo realmente se concretiza e que quando estes dois mundos se confrontam sempre vence o maior.
O segredo é encarar tudo de frente, levantar a cabeça, perceber e assumir o erro, viver culpado-se não altera as ordens dos fatos, o importante é extrair os melhores ensinamentos e bola pra frente, é hora de rever as estratégias, mudá-las, traçar novas metas, usar novas armas, ir a luta, perdeste uma batalha não a guerra, se você vai cometer o mesmo erro realmente não dá pra saber, mais só o fato de não querer mais repeti-lo já é um primeiro passo, basta agora dá o segundo, o terceiro... se cair levanta, levantou?Segue em frente porque um dia... Ah um dia agente aprende!

Menina dos olhos de Deus

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