Entre os dias 14 e 21 de novembro a ilha de São Luís foi sede da edição nº 4 da Feira do Livro, tendo este ano como patrono o escritor José Louzeiro. Sempre me fiz presente a cada ano mais este é o primeiro que participei ativamente, resolvi trabalhar na feira como monitora e minha missão era acompanhar as escolas visitantes nas oficinas e levá-las num tour pela feira.
Confesso que foi tarefa cansativa, mais ao mesmo tempo prazerosa, estar propiciando aquelas crianças algo diferente e educativo me deixa feliz. Foi uma atividade não remunerada que aceitei pelo prazer aos livros, está perto deles me faz muito bem, me senti em casa e ao mesmo tempo pude acompanhar os bastidores do evento e ver de perto que apesar de alguns avanços muita coisa ainda precisa ser melhorada uma delas é uma maior atenção as crianças, vê-las no sol escaldante, no aglomerado inerente de pessoas e com fome foi de partir o coração.
Sinceramente não pretendo repetir tal feito próximo ano, mais devo admitir que este me serviu de grande lição. Mais o fato que mais me chamou atenção foi o que vos narro a seguir...
Gisele – uma amiga – foi minha fiel escudeira nesta empreitada, a idéia de participar da feira foi dela, sempre que terminávamos nosso trabalho nos encontrávamos e trocávamos idéias sobre as escolas que acompanhamos, numa dessas Gisa me perguntou: “Ednamar, quando a escola vai embora as pessoas te agradecem?” não precisei pensar muito, claro que a resposta era não, até ali nenhuma havia me agradecido, não que eu esperasse que fizessem isso afinal estava ali porque queria, como disse por puro prazer, mais vê que com ela as coisas eram diferentes me fez pensar: “Que sorte a dela”, afinal um agradecimento soa como uma afirmação de que você agiu da maneira correta.
Será que era eu que não estava fazendo da maneira correta? Eu sabia que não, sabia que estava dando o melhor de mim e que se não ouvia um muito “obrigada” era por qualquer razão menos aquela.
Já no ultimo dia com as escolas fiz meu trabalho normalmente, levei-as nas varias oficinas que lá estavam à disposição e também nos outros espaços expostos, no final como sempre acompanhei as crianças até o ônibus me despedi e quando já fazia a volta pra retorna fui interrompida, a diretora disse-me que as crianças tinham algo a me falar.
E qual foi minha surpresa quando escutei em coro o “MUITO OBRIGADO” que elas me disseram, acompanhado de um belo sorriso e de vários abraços – que quase me levaram ao chão – que elas correram pra me dá, eu nem sabia o que dizer de tão emocionada que fiquei. Foi ali que apesar de todo cansaço acumulado de todos os outros dias e da indiferença de outras escolas que pude perceber que valeu a pena está ali, que até faria tudo de novo e que minha missão fora comprida com êxito.
Ao retornar estava sorrindo a toa, parecia flutuar, ainda não acreditava que aquilo tinha acontecido, adoro crianças e se me perguntarem por que direi que acima de tudo é por sua espontaneidade, sua sinceridade do agir por impulso do fazer sem pedir, do não querer nada em troca.
E assim como os livros as crianças me encantam muito, são parte de mim porque creio eu que por trás dessa “carcaça” toda a uma eterna criança.
Menina dos olhos de Deus
ÔÔÔôÔ! Fofo!!!! rsrs
ResponderExcluir