quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SUPER(AÇÃO)


Domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado...


Setembro, outubro, novembro,dezembro....
Dias que passaram como se fossem meses...


Meses que passaram como se anos, intermináveis e devastadores anos...


Quantas vezes chorei sentada na cama?
Quantas vezes minhas lagrimas se misturaram as gosta d’água do chuveiro?
Quantas vezes olhei-me no espelho e não me reconheci? 
Quantas vezes questionei-me Quantas outras quis encontrar justificativas? 
Quantas vezes pensei que morreria? 
Quantas vezes o peito desatinou a doer? 
Quantas vezes não senti vontade de comer? 
Quantas? 


Ainda hoje sinto uma pequena dor só de lembrar, creio que os tecidos que revestem meu coração ainda não cicatrizaram depois do pedaço que o tiraram... A saída mais próxima é afastar com urgência qualquer pensamento que lembre este passado remoto.
Chega a ser contraditório mais prefiro falar a lembrar – como se um não levasse ao outro –, se lembro automaticamente viajo no tempo e logo sinto-me como se tudo estivesse acontecendo novamente, e sinceramente não gostaria pelo menos dê-me mais tempo para tal preparativo.
Sinto-me uma grande vitoriosa, e só eu posso atribuir este titulo porque só eu sei o que passei, os outros apenas imaginavam...
Muitas foram às oportunidades em que acreditei que dentro de meu corpo existia tudo menos eu mesma, é como se houvessem várias intrusas e eu tivesse que lutar com elas reivindicando meu lugar... Foi a primeira vez que mergulhei tão fundo no oceano das emoções...
Tratei de exigir o que poderia ter sido e não foi, do que agradecer simplesmente pelo que aconteceu...
Para alguns depressão pode ser besteira, frescura, coisa do mundo moderno duvido se você pensaria assim se um dia a tivesse... Creio que não a tive de fato mais que andei bem perto não tenho dúvidas. Não há vontade para mais nada pelo simples fato de você ter esquecido, desistido de si próprio por isso só você é quem poderá resgatá-lo do lugar que um dia o abandonará.
Confusão é a palavra mais indicada para definir todo este período...
Tudo foi confuso desde a forma como as coisas foram colocadas até o exato momento em que a razão enfim voltou a reinar levado junto com o vento a tempestade...
Ainda hoje pergunto-me como fui capaz de superar, pra dizer a verdade nem sei como de fato isso se deu, minha mente não deixou-me guarda a formula, mais tenho certeza que tudo o que fiz foi com e por mim mesma, desde o momento a entregar o ouro ao bandido até de fato partir para a luta e resgatá-lo.
Consegui! Isso me faz forte, me faz feliz. Quantas vezes achei que não conseguiria?
Tudo aconteceu como tinha que ser, eu tinha que passar por isso e nada será o bastante para apagar ou mudar o que passou.
No fim tive que fazer-me de fênix e renascer das cinzas, tive que ter coragem para arrancar a pele pra que uma nova se fizesse nascer, tive que aprender a refazer-me.
Descobri algumas coisas, aprendi outras e isso foi bom!
Hoje faz um ano que tudo aconteceu, os dias voltaram a ser dias que passam pra completar anos, o tempo continua voando não arrastando como imaginava, hoje não há mais questionamentos, hoje me alimento mais que ontem, hoje choro não mais pelas mesmas coisas, hoje olho-me no espelho e afinal reconheço o  reflexo belo e feliz que surge, não foi só a cor dos cabelos que mudaram, a vida também coloriu-se.
Hoje não sou mais a mesma e agradeço a Deus por não deixar que eu fizesse nenhuma besteira, agradeço pelo apoio incondicional e principalmente por mostra-me o poder da SUPER(AÇÃO).


Menina dos olhos de Deus


Nenhum comentário:

Postar um comentário