quarta-feira, 21 de setembro de 2011

As marcas que ficam no tempo...


A imagem refletida na tela do computador acusa, estou zangada. Não há uma razão especifica, na verdade é uma junção de vários fatores acumulados, estou no serviço e não faço idéia do que posso fazer ou do que pode acontecer para mudar esse mau humor repentino.
De repente o celular toca, corro pra atender e pelo identificador de chamadas vejo que é uma amiga da universidade. -“Alô” ela diz. -“Oi” eu respondo. -“Peraí tem alguém querendo falar contigo!” ela conta logo em seguida.

Só na pose...

“Alguém? E querendo falar comigo? Hum... Quem será?” – Penso. Fracamente não consigo imaginar quem seja. De repente uma voz infantil interrompe meus pensamentos. – “Tia, a senhora ta onde?” Peraí essa voz... Eu a conheço, esse é... – “Guilherme meu amoooor, e-e-eu tô trabalhando...”
Eu e Guilherme

Pra dizer a verdade meu corpo está aqui mais minha mente não, fui transportada a uma viagem no tempo, volto alguns meses atrás quando fui apresentada a sala que acompanharia durante o estágio supervisionado, a ansiedade que me consumia fazia eu querer conhecer logo as crianças, e quando isso aconteceu fiquei feliz eles eram bem melhores do que imaginei. No começo tímidos, mas garanto não mais do que eu.
Éramos novidades um na vida do outro e teríamos que aprender a lição da convivência juntos. Logo eles me conquistaram, mas eu sempre tive dúvidas se tinha causando o mesmo efeito sob eles.
Eu e Nayara

Na sala o clima era o melhor possível, eu sabia que jamais esqueceria aquela época, mais e eles? Até quando lembrariam de mim? Até que ponto eu os conquistei dentro e fora da sala?
Hoje a resposta veio e veio quando menos esperava, em forma de surpresa e uma surpresa muito da agradável. O que poderia colocar meu humor abaixo em questão de segundos? Crianças é claro! Amo sua vivacidade, espontaneidade, alegria e sinceridade. E se em algum momento eu tive de mau humor ele foi embora a partir do momento que o sorriso brotou nos meus lábios.
Eu e Walkey

Falar com os meninos foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido hoje, é o sol que faltava pra iluminar e aquecer meu dia, o elixir que precisava pra revigorar corpo e alma.
Foi bom falar com eles, foi bom saber que eles ainda lembram-se de mim, foi bom saber que de alguma forma deixei minha “marca” neles. Creio que eles não têm dimensão do quanto isso é importante pra mim, sei que minha amiga não faz idéia do bem que me fez, mas mesmo não sabendo o que fazer pra reverte meu estado tenho certeza que era disso que precisava. As crianças têm esse poder. Um super-poder, digno de herói.
Eu e Vandenilson

Sei que um dia as lembranças falharão em ambos os lados, esqueceremos dos momentos vividos, eles crescerão e apagarão da memória quem eu fui e do que aconteceu. Maís e daí? Eu os conheci no presente, e é no presente que os tenho e quero manter. E se a mim fosse concedido um pedido, não pediria que não me esquecessem, pediria apenas como Mário Quintana que “Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarzinho”.
 A imagem refletida na tela do computador acusa, estou feliz. Há uma razão especifica pra isso, na verdade é uma junção de vários fatos reunidos, estou no serviço e não faço idéia do que posso fazer ou do que pode acontecer pra mudar esse bom humor repentino.

Saudades...

Menina dos olhos de Deus


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