A imagem refletida na tela do computador
acusa, estou zangada. Não há uma razão especifica, na verdade é uma junção de
vários fatores acumulados, estou no serviço e não faço idéia do que posso fazer
ou do que pode acontecer para mudar esse mau humor repentino.
De repente o celular toca, corro pra
atender e pelo identificador de chamadas vejo que é uma amiga da universidade. -“Alô”
ela diz. -“Oi” eu respondo. -“Peraí tem alguém querendo falar contigo!” ela conta
logo em seguida.
Só na pose... |
“Alguém? E querendo falar comigo? Hum... Quem
será?” – Penso. Fracamente não consigo imaginar quem seja. De repente uma voz
infantil interrompe meus pensamentos. – “Tia, a senhora ta onde?” Peraí essa
voz... Eu a conheço, esse é... – “Guilherme meu amoooor, e-e-eu tô trabalhando...”
Eu e Guilherme |
Pra dizer a verdade meu corpo está aqui
mais minha mente não, fui transportada a uma viagem no tempo, volto alguns
meses atrás quando fui apresentada a sala que acompanharia durante o estágio
supervisionado, a ansiedade que me consumia fazia eu querer conhecer logo as
crianças, e quando isso aconteceu fiquei feliz eles eram bem melhores do que
imaginei. No começo tímidos, mas garanto não mais do que eu.
Éramos novidades um na vida do outro e
teríamos que aprender a lição da convivência juntos. Logo eles me conquistaram,
mas eu sempre tive dúvidas se tinha causando o mesmo efeito sob eles.
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Eu e Walkey |
Falar com os meninos foi a melhor coisa
que poderia ter me acontecido hoje, é o sol que faltava pra iluminar e aquecer
meu dia, o elixir que precisava pra revigorar corpo e alma.
Foi bom falar com eles, foi bom saber que
eles ainda lembram-se de mim, foi bom saber que de alguma forma deixei minha
“marca” neles. Creio que eles não têm dimensão do quanto isso é importante pra
mim, sei que minha amiga não faz idéia do bem que me fez, mas mesmo não sabendo
o que fazer pra reverte meu estado tenho certeza que era disso que precisava.
As crianças têm esse poder. Um super-poder, digno de herói.
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Saudades...
Menina dos olhos de Deus
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