quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Depois do inverno...



1º Eu, 2º Eu, 3º ? Eu, claro!

Egoísmo? Prefiro chamar a isso de amor-próprio!

Não pense você que foi sempre assim, tudo foi sendo construído ao longo dos anos, aos poucos...
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Você sabe o que é está no meio de várias mulheres e sentir que os homens vão olhar pra todas menos você? Sabes o que é se olhar no espelho e simplesmente não se reconhecer? Ou ainda se considerar o pior ser da Terra, onde até uma barata é melhor que você?

Não? Pois eu sei muito bem! E sei por que vive esse drama por longos anos a fio.

Não era só eu que me sentia assim, as pessoas (algumas) me faziam sentir assim, as coisas me faziam sentir assim...  parecia que a vida fazia questão de esfregar na minha cara que eu era assim e assim deveria morrer.

Boa parte da minha vida (estudantil) foi sofrendo com apelidos, brincadeiras de mau gosto, daquelas de esconderem minhas coisas ou me baterem pra vê minha reação, e o que eu fazia? Nada! A não ser chorar, me sentir um lixo e querer morrer. MORRER? Éééé!!!! Eu já quis, tentei, mais detalhe não consegui, oh eu aqui “vivinha da Silva” pra contar a história (em outro texto falamos sobre isso).

Sem sal? É, acho que era assim que as pessoas me chamavam. E cá entre nós devia ser o nome mais leve! Patinho feio? Entra na fila meu colega....

Vivi toda uma vida me fazendo de escrava para as pessoas mandarem, pisarem, cuspirem, e fazer o que mais desejavam... A troco de que? De que pelo menos elas gostassem de mim, afim de prová-las que eu era alguém e servia pra algo.

Não tenho raiva de quem me fez mal, tenho raiva de mim mesma porque deixei que fizessem isso comigo, cadê meu amor-próprio?Alguém viu ele ai?

Dedicava-me somente aos outros, é como se vivesse através deles e por eles, e quando partiam deixavam um grande vazio, é como se tivessem levando consigo minha vida.... Minha vida? Isso nunca foi minha vida! E foi só uma questão de tempo até eu percebe isso...
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Com o tempo as feridas foram sarando, e acabei perdoando a todos, inclusive a mim mesma, nada de magoas, havia uma outra saída, se eu não soube usá-la paciência! Seguir em frente é preciso. E só levo comigo as dores que senti a cada queda, dores essas que foram suficientes para me fortalecer e me transformar.

É, dizem que pra lagarta virá borboleta ela têm que antes passar pelo casulo...

E assim como houve pessoas para me derrubar, houve também as que me levantaram. Que foram exemplos, modelos... Ela não me mandaram segui-las, não disseram como eu devia ser, apenas viveram suas vidas e eu fui observando, fui tentando imitá-las, fui vendo do que era capaz, fui ganhando confiança e eis que vos apresento a nova Ednamar, com direito a um pouquinho de tudo que viu, ouviu, e principalmente aprendeu!

Há 23 anos atrás eu vinha ao mundo, não sou mais o bebezinho que chorava com medo sem saber o que era tudo aquilo que acontecia ao seu redor, nem a adolescente trancafiada por seus medos e inseguranças. Sou uma mulher, uma mulher de verdade! Com suas vaidades, que se olha no espelho e se reconhece e que de quebra diz: Pow fala sério eu sou linda! Hoje não acho uma barata melhor do que eu... Barata? Cadê? Adoro esmagá-las... (brincadeira!) e principalmente não acho nem uma mulher melhor que eu, se os homens vão olhar pra outras problema deles, quem perde não sou eu!




Hoje sei quem sou, o que quero, e aonde pretendo chegar, tenho medo sim, mais eles não me dominam mais, soube controlá-los há uma maneira que me ajudem a mudar.

Um dia me disseram que eu não tinha nada na vida pra comemorar, e ops! Eu quase acreditava nisso...

Hoje comemoro meu vigésimo terceiro aniversario e se tenho nessa vida é motivos pra comemorar e pessoas pra agradecer e isso inclui até as que me pisaram.

Hoje comemoro não só meu nascimento, mais também meu crescimento, a construção diária do meu ser, do verdadeiro EU!

Sempre tive uma grande dificuldade de me definir, a maior prova disso e que você ainda não viu neste blog nenhum texto que me auto-defina.

Com um tempo aprendi que minha definição é não definível, sou mudança constante, lembra da metamorfose ambulante?É, aqui vos fala um exemplar dela.

Não sou a mesma de ontem, de hoje nem de amanha, aprendi pra minha própria sobrevivência me refazer e reinventar todos os dias. Minha roupa, meu cabelo, minha profissão, minha religião não sou eu, são apenas escolhas que fiz, dizer do que gosto
ou não gosto não é me definir, é me limitar a coisas, a pessoas... e esse tempo meu caro ficou pra trás....
Tenho certeza que a Ednamar do passado se orgulha muito dessa do presente, de alguma forma ela está viva aqui dentro de mim em algum lugar, devo muito a ela, ela que me mostrou a luz no fim do túnel, ela se sacrificou por mim....
E só me pediu em troca uma coisa, que eu finalmente e verdadeiramente vivesse como EU realmente sou!

Menina dos olhos de Deus

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